Quando comecei a acompanhar a NBA, nos anos 90, e depois que passei a acompanhar mais diretamente, a partir de 2006, achava estranho que não houvesse também um "All-attack team". Seria porque o "All-NBA First Team" já é uma espécie de "all-attack team"? Por quê não, então, colocar os melhores defensores disputando vaga no "All-NBA First Team"?
Enfim, divagações sobre fundamentos dos prêmios da NBA a parte, vamos à lista divulgada ontem:
G: Chris Paul (Clippers)
G: Tony Allen (Grizzlies)
F: Lebron James (Heat)
F: Serge Ibaka (Thunder)
C: Joakim Noah (Bulls) / Tyson Chandler (Knicks)
Tony Allen, um dos melhores marcadores no perímetro na NBA
Tony Allen foi o jogador que obteve melhor pontuação. Houve empate na votação do melhor pivô defensivo. O destaque é que, mais uma vez, o jogador que venceu o prêmio de "defensor do ano" (defensive player award) não está na seleção defensiva do campeonato. Marc Gasol ficou para o "second team", ou seja, o time reserva.
O mesmo aconteceu ano passado, quando Tyson Chandler, defensor do ano, não entrou pra seleção de melhores defensores do ano. Por quê isso acontece? É muito simples: o defensor do ano é escolhido por uma votação entre jornalistas. Já a seleção defensiva do campeonato é eleita pelos técnicos. Daí, podem acontecer diferenças, como foi em 2012 e agora em 2013.
Completando a seleção reserva: além do Marc Gasol (Grizzlies), ela conta com Mike Conley (Grizzlies), Avery Bradley (Celtics), Paul George (Pacers) e Tim Duncan (Spurs).
Mas vamos focar nos escolhidos pro primeiro time de defensores. É uma ótima seleção, eu só colocaria o Joakim Noah à frente do Chandler. É curioso também que ninguém dos Pacers tenha entrado, pois foram uma das melhores defesas da temporada regular, e George e Hibbert foram muito bem nesse quesito. Mas a competição era feroz, e os escolhidos fizeram mesmo um bom trabalho.
Essa seleção/prêmio existe desde 1968-1969. Os jogadores que mais foram eleitos para o 1o time de defensores foram 4: Michael Jordan, Gary Payton, Kevin Garnett e Kobe Bryant, todos com 9 eleições.
Dois dos melhores defensores da história da NBA, se encarando
Dos jogadores em atividade, além de Bryant e Garnett com 9 eleições, temos Duncan com 8, Lebron James com 5 e Dwight Howard e Jason Kidd com 4 entre os que mais foram eleitos para o time principal.
Playoffs:
Ontem, tivemos duas partidas. Na primeira, o Miami Heat espancou o Chicago Bulls, em pleno United Center, abrindo uma vantagem de 3-1. A partida terminou 88 a 65, com 27 pontos de Lebron James, cestinha do embate.
Essa série está sendo traumática para os Bulls. Depois da vitória no jogo 1, foram 3 derrotas consecutivas, sendo 2 em casa, e sendo que 2 foram por placares dilatados. Em uma delas (jogo 2), o time tomou a maior diferença numa derrota em playoff de sua história (37 pontos). No jogo de ontem, jogo 4, o time fez a menor pontuação da história da franquia em uma partida de playoff (65 pontos).
Os Bulls não conseguiam acertar nada ontem: terminaram a partida com um field goal percentage ridículo: 25%, enquanto o Heat tinha 48%. Agora, a situação ficou bem complicada: o jogo 5 é em Miami, e tem uma boa chance do time fechar em 4-1, atingindo a final da conferência. Os Bulls vão precisar tirar forças de algum lugar, voltar a ter aquela defesa forte da temporada regular, e tentar repetir o que foi o jogo 1, com a vitória em Miami.
O time vem sofrendo com contusões durante toda a série (Deng, Hinrich, Hamilton, Rose - sem falar no Robinson e Noah, jogando no sacrifício), que tem sido bem intensa.
Quanto ao Heat, o time nem tem sofrido com a má fase (devido à contusão no joelho) de Dwyane Wade. Lebron, Bosh e o jovem Cole tem dado conta do recado. Erick Spoelstra poderia até descansar seu shooting guard titular, para acelerar sua recuperação.
O próximo jogo é nessa 4a feira, às 20h00, com transmissão do canal Space.
Em câmera lenta, o roubo de Battier e a enterrada de Lebron no jogo 4
O segundo jogo foi um partidaço entre Thunder x Grizzlies. Vitória do time da casa, os Grizzlies, por 103 x 97, na prorrogação. O jogo teve domínio do Thunder no primeiro quarto, e até mais da metade do segundo. A equipe de Kevin Durant chegou a abrir 17 de vantagem. Porém, no fim do 2o quarto, e principalmente no fim do 3o, o time conseguiu tirar a diferença, indo para um emocionante 4o quarto.
Mais uma vez, o trio Conley-Randolph-Gasol esteve muito bem, dividindo entre si a tarefa de pontuar. Isso sem falar em Tony Allen, monstro na defesa, e Prince, enxotado de Detroit, que trazia calma e experiência ao time.
Na prorrogação, só deu Memphis. Allen, Randolph, Gasol e Prince resolveram para o time da casa, enquanto os únicos pontos do Thunder foram em uma solitária bola de 3 do veterano Derek Fisher.
O time de Oklahoma entrou em colapso no 4o quarto e prorrogação, provavelmente pelo cansaço de sua estrela, Kevin Durant. Todas as jogadas eram pra ele no fim do jogo, e os Grizzlies faziam a dobra, dificultando a vida da estrela do Thunder, forçando-o a cometer turnovers e forçar arremessos. Westbrook continua fazendo muita falta em Oklahoma.
Durant consegue levar o jogo 4 para a prorrogação. Não adiantaria muita coisa.
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